Orientações

O que é cardiopatia congênita

A cardiopatia congênita é uma anormalidade na função ou na estrutura do coração, presente ao nascimento. Na 8ª semana de gestação, o coração do bebê já está formadinho, e a grande maioria das cardiopatias já estarão evidentes. É considerada uma das más formações mais comuns nos recém-nascidos, sendo a terceira causa de morte infantil no período neonatal. É por isso que seu diagnóstico, ainda na gestação, é fundamental.
A cada 100 crianças, pelos menos uma sofrerá com algum problema na formação do coração. Cerca de 23 mil crianças por ano necessitam de intervenção cirúrgica cardíaca corretiva, porém, 78% não recebem tratamento, seja por falta de diagnóstico ou vagas da rede pública. É grave? É grave. É, na verdade, um problema de saúde pública a nível nacional. Pensando em como reverter esse quadro tão delicado que surge a Associação de Apoio ao Tratamento das Crianças Cardiopatas, a ONG Coração Curumim, uma iniciativa que envolve, além de profissionais da saúde, sobretudo médicos pediatras cardiologistas/intensivistas e cirurgiões cardíacos, integrantes das mais variadas esferas da sociedade, como pais que já passaram pela fila de espera em busca de tratamento para os filhos. A ideia da ONG é chamar a atenção para esse problema. Segundo a pediatra Cardiointensivista Priscila Maruoka, presidente-fundadora da ONG, no Brasil há apenas 20 centros especializados, nas buscas realizadas junto a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, com capacidade de oferecer tratamento adequado às crianças com cardiopatia congênita. Entretanto, um diagnóstico precoce e preventivo seria capaz de nortear quando e onde essas crianças deveriam nascer, garantindo a elas uma assistência médica mais adequada. Em Campinas, sede da Coração Curumin, 6 hospitais realizam cirurgias cardíacas em crianças, mas apenas os hospitais da Unicamp e da PUC-Campinas (PUCC) realizam pelo Sistema Único de Saúde (SUS), recebendo os casos mais complexos. Mesmo com a fundação da primeira UTI Cardiológica Pediátrica (UCP) de Campinas na PUCC, em janeiro desse ano (com 3 leitos neonatais), ainda chama a atenção o déficit significativo de vagas e estrutura. A UCP de Campinas tem como supervisores a Drª Ana Paula Damiano – cardiologista pediátrica - e o Drº Fernando Antoniali – cirurgião cardíaco infantil.

 

Dica 1 - Qual a cardiopatia ?

Saber dizer a cardiopatia ajuda o profissional da saúde que está atendendo seu filho(a). Aprenda a dizer o que ele(a) tem e nunca resuma tudo como um "soprinho". Por isso sempre tire as dúvidas com o seu médico, e faça a carteirinha do coração conosco! É gratuito!

Dica 2 - Qual cirurgia já fez ?

Sabemos que os nomes são muitos específicos, mas peça para seu médico te explicar de maneira simples e correta qual foi a cirurgia feita. Saber quando e onde também é super importante.

Dica 3 - Remédios que toma

É importantíssimo estar sempre com a receita em mãos quando passa por qualquer consulta. Saber a medicação e a dose administrada é essencial. Quando manipulado precisamos também saber a concentração que foi feita.

Dica 4 - Sinais basais

Quem cuida de um cardiopata sabe que muitas vezes alguns sinais como a saturação, o padrão respiratório ou o batimento cardíaco é um pouco diferente das outras crianças. Portanto é importante saber os alvos desses sinais, para saber se está fora do padrão dele ou não.

Dica 5 - Outras doenças associadas ou cuidados especiais

Seu filho faz acompanhamento com outras especialidades por ter algum outro problema de saúde ? Isso precisa ser sempre informado.

Ação COVID 19

Tire suas dúvidas sobre Coronavírus e a Cardiopatia Congênita. Evite ir ao Pronto Socorro desnecessáriamente. Nossa equipe está disposta a atendê-lo(a) durante essa pandemia. Entre em contato.